Qual seu propósito para esta Quaresma?
Bons propósitos devemos ter sempre, mas a quaresma é de forma especial, um tempo favorável para esse fim. Pois com o ambiente de mais silêncio, oração, interiorização e penitência, o clima é propício para investirmos ainda mais, na nossa conversão.
Uma homilia que nunca esqueço, foi pregada em uma Missa de Quarta-feira de Cinzas. O sacerdote dizia, que de nada adiantaria os fiéis fazerem os jejuns convencionais durante a quaresma, se isso não promovesse a mudança de atitude das pessoas. Então sugeriu somar ao nosso jejum tradicional, o "jejum da língua", que consistiria em banir de nossas conversas, todas as palavras "mal-ditas", ou seja, reclamações, julgamentos, fofocas, mentiras...
Realmente, se o objetivo do jejum é adquirir o domínio de nossa vontade, devemos sim, fazer o jejum da língua! Pois, São Tiago nos ensina que "Se pomos um freio na boca do cavalo para que nos obedeça, conseguimos controlar o seu corpo todo", mas também nos adverte: "O universo da malícia é a língua! Está entre os nossos membros contaminando o corpo todo..."
Sabe, meus irmãos, confesso que a cada dia, travo uma batalha contra minha língua. Nem sempre saio vencedora, mas, jamais desisto desta guerra; pois ainda não resisti até o sangue...
É por vezes, querendo ter sempre razão, ter a última palavra em tudo, achando que por ser cristão temos direito a fazer julgamentos, colocando um pedacinho de lenha para aumentar a fogueira das discussões, enfim, são inúmeros os caminhos que nossa língua utiliza para prejudicar e dividir família e comunidade, quando não está submetida à Vontade de Deus.
Quero compartilhar com vocês, meus amigos, uma frase que encontrei e está sendo um auxílio muito oportuno em diversas situações, em que tenho que controlar minha língua! Infelizmente, não sei informar o autor, mas diz assim:
"Cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio, do contrário, cala-te".
Ou seja, amados, que possamos peneirar nossas palavras, com aqueles famosos crivos:
VERDADE (temos provas, é de boa-fé?),
BONDADE (é bom, não vai prejudicar ninguém?),
NECESSIDADE (tem a ver com minha vida, ou com o bem comum?).
Além disso, não esqueçamos de buscar sempre, a direção reta e correta que o Espírito Santo nos dá, pois mesmo quando estamos cheios de razão em falar, nem sempre o momento é apropriado para isso...
"Aquele que tem o Espírito Santo como educador de sua alma, não trará a seus lábios, palavras grosseiras." (Rosa Maria F. Arruda)
Fonte: Blog Querosercomunidade