Origens
Nicolau nasceu nas Marcas, em
1245, na diocese de Fermo. Ainda adolescente, conheceu os Agostinianos e
foi atraído pela vida monacal, à qual se consagrou em Tolentino. Foi um
asceta de sorriso amável, de longas orações e jejuns, sempre
acompanhados pela simpatia e a caridade.
Infância e Juventude
Desde
os sete anos de idade, suas preocupações eram as orações, o jejum e uma
enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua vida:
penitência, amor e dedicação aos pobres. Virtudes, alinhadas a uma fé
incondicional em Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos quatorze anos, foi
viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo Ângelo, como
oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo às Regras.
Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi ordenado
sacerdote.
Semeador da Palavra de Deus
Nicolau
possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora
na Providência divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um
grande poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e
praticar a fé, sempre na oração e na penitência, cheio de alegria em
Cristo.
Com seu exemplo, levava os fiéis a praticar a
penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos
pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e
a Palavra de Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e
alegria.
Vida Penitente
Comia tão pouco que
ficou doente. O seu prior quis dar-lhe um pouco de carne, mas em vão.
Chamou-se o prior geral. Nicolau, vencido pela santa obediência que
professava, consentiu e engoliu um pedacinho: “Já obedeci, não me
aborreçam mais com gulodices”. E Deus curou-o, jejuava a pão e água às
segundas, quartas e sextas, e, aos sábados, em honra a Maria Santíssima.
Tanta austeridade trouxe-lhe dores articulares do estômago e da
cabeça e ainda perturbações na vista. Perguntava a si mesmo se tanto
rigor agradava ou não a Deus, mas o Senhor apareceu-lhe em sonho e
confortou-o.
Caindo ele de novo doente, curou-se, por indicação
de Nossa Senhora, comendo um pedaço de pão molhado em água, depois de
fazer o sinal da cruz. Daí veio o costume de benzer pães em honra de São
Nicolau, destinados a robustecer os fracos. Nicolau trazia sobre a pele
cadeias metálicas, tecidos ásperos e irritantes. Rezava entre as horas
canônicas, a que era notavelmente fiel: de completas ao canto do galo,
de matinas até à aurora, da Missa (se não tinha confissões) até terça, e
de noite até às vésperas (se não tinha obrigações impostas pela
obediência). Rezava na Igreja, perto dum altar ou na cela.
Apóstolo do Confessionário
Em
1275, devido à saúde debilitada, foi para o Convento de Tolentino, onde
se fixou definitivamente. Lá, veio a tornar-se um dos apóstolos do
confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas repleto de
compaixão para com todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e
de sua santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as regiões
ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o
desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as
constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da
Ordem.
Páscoa
No dia 10 de setembro de 1305, ele
fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor, antes
de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na sepultura da
capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O
local tornou-se meta de peregrinação e os milagres atribuídos a ele não
cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias.
Via de Santificação
No
ano de 1446, São Nicolau de Tolentino foi finalmente canonizado pelo
papa Eugênio IV. A festa dedicada ao santo, foi mantida para o dia de
sua morte.
Corpo Incorrupto
A prodigiosa notícia
que temos de São Nicolau de Tolentino diz que, quarenta anos após sua
morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na
ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços,
para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos
sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer
sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo
católico.
Minha oração
“São Nicolau recorro a ti
pelas almas dos meus familiares, aqueles que já faleceram e estão no
purgatório esperando a sua purificação. Que alcancemos, pela tua
intercessão, a salvação das famílias e dos pecadores. A ti recorremos e
pedimos. Amém!”
São Nicolau de Tolentino, rogai por nós!