Celebramos hoje com grande carinho a memória devocional do Santíssimo Nome de Maria. Embora muito se discuta sobre a origem e o significado da palavra "Myrian", o que devemos ter em mente é que foi a pessoa da Virgem SS., com sua pureza e incomparável caridade, que dignificou a tal ponto o seu nome que o próprio inferno, humilhado em sua soberba, treme de horror ao escutá-lo.
Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 12 de setembro, e digamos com o amor e a confiança de filhos: Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe!
(Lc 6, 12-19)
Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.
Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvir Jesus e ser curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.
Celebrar o Santíssimo Nome de Maria, quatro dias após a festa de sua Natividade, não significa celebrar sua origem etimológica, objeto aliás de infindáveis controvérsias. "Miryan", que no Antigo Testamento aparece pela primeira vez atribuído à irmã de Moisés e Aarão (cf. Ex 15, 20), pode significar tanto "senhora" como "estrela do mar", "mar de amargura", "muito amável", "exaltada" etc.; todos esses sentidos, embora possam aplicar-se própria ou alegoricamente a Maria, não nos devem fazer esquecer que foi a pessoa da Virgem SS. que dignificou o nome que São Joaquim e Sant'Ana lhe impuseram. Foi ela que, por sua pureza e seu exemplo de virtudes, tornou digno de reverência este dulcíssimo nome, que tantos pais têm dado às suas filhos em honra daquela que deu ao mundo o Filho de Deus. As próprias rubricas da Liturgia exigem que o sacerdote, ao pronunciá-lo na Missa, incline-se respeitosamente ao nome de Maria, ou antes, à pessoa por ele designado, fazendo-nos recordar um pouco daquela profunda reverência que Salomão, sucessor de Davi, manifestou a Betsabé, rainha de Israel (cf. 1Rs 2, 19). Ora, Cristo, ao subir aos céus, foi para junto do Pai preparar-nos um lugar, e não há dúvida de que Ele pôs sua Mãe no mais elevado trono, acima de todos os coros angélicos, donde ela, como Rainha assunta em corpo e alma, cuida de seus filhos e intercede sem cessar a nosso favor. Por esta razão, invoquemos hoje com grande confiança o nome santíssimo de Maria, diante do qual treme de horror o inferno inteiro, humilhado em sua soberba, e digamos com o amor e a ternura de filhos: — Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe.
Fonte: www.padrepauloricardo.org