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Title: Santa Brígida -Santo do dia - 23/07
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Santa Brígida O que o Salvador disse a Nicodemos: O espírito sopre onde quer, o mundo cristão o viu, pelos fins do século XIV em Sa...

Santa Brígida




O que o Salvador disse a Nicodemos: O espírito sopre onde quer, o mundo cristão o viu, pelos fins do século XIV em Santa Brígida, da Suécia e Santa Catarina de Siena. Aquela nasceu nos confins extremos da Suécia, na província de Upland, no domínio de Finstad, não longe de Upsala, então capital de todo o reino. Nasceu no começo do século XIV, no ano de 1302. Seu nome é propriamente Birgida, transforma em Brígida pelo uso comum. Sua família era mas mais ilustres; tinha parentesco próximo com a família real e descendia dos antigos reis do país.

Nela a piedade era hereditária, como a nobreza. O avô, o bisavô e o trisavô do pai de Brígida, por devoção aos mistérios da Paixão do Salvador, fizeram uma peregrinação a Jerusalém e aos outros santos lugares, que Jesus Cristo ilustrou com sua presença. O príncipe Birger, seu pai, juiz ou governador da província de Upland, era homem cheio de piedade e de virtude. Fundou grande número de igrejas e de mosteiros; fez peregrinações a Roma, a Jerusalém e a outros santos lugares, a exemplo de Pedro, seu pai e de seus antepassados. Jejuava, confessava-se e comungava todas as sextas-feiras, a fim de conseguir a graça de sofrer pacientemente as cruzes que Deus lhe mandava até a sexta-feira seguinte. A princesa, sua esposa, chamada Indeburga, filha de Ligride, não tinha menos piedade. O túmulo dos dois esposos existe ainda na catedral de Upsala.

Quanto à Santa Brígida, da qual temos uma vida contemporânea escrita por Birger, arcebispo de Upsala, seu nascimento foi ilustrado por diversos prodígios. Sua mãe, a princesa Ingenurga, escondia terna piedade, sob hábitos, convenientes à alta linhagem.

Uma religiosa, vendo-a assim vestida, tachou-a de orgulhosa, em seu coração. Na noite seguinte, durante o sono, um personagem venerável apareceu-lhe, dizendo: Por que pensaste mal de minha serva, tratando-a de orgulhosa, o que, entretanto, não é verdade? Dela farei nascer uma filha, com a qual farei aliança, conferindo-lhe uma graça tão grande, que todas as nações não serão suficientes para a admirar. A essa circunstância maravilhosa, o arcebispo de Upsala, bem como os outros biógrafos acrescentam uma segunda. A princesa Ingeburga, estando grávida de Brígida, naufragou nas costas da Suécia e foi salva do perigo pelo irmão do rei. Na noite seguinte, um personagem vestido, com uma roupa brilhante apareceu a Ingeburga, e lhe disse: Foi em consideração à criança que trazeis, que fostes salva da morte; tende cuidado em criar no amor de Deus o que Deus vos deu especialmente. Enfim, no nascimento de Brígida, o vigário da paróquia, homem venerável por sua idade e virtude, passava as noites em oração numa igreja vizinha, quando viu uma nuvem luminosa e no meio da nuvem a Santa Virgem sentada, tendo na mão um livro e dizendo-lhe: Nasceu em Birger uma menina cuja voz admirável será ouvida por todo o mundo. Eis o que refere o arcebispo de Upsala, bem como os outros biógrafos contemporâneos de Santa Brígida.

Entretanto, a maravilhosa criança ficou muda durante os três primeiros anos. No fim desse tempo, começou, não a balbuciar, como as crianças, mas a falar perfeitamente como as pessoas já adultas. Viu-se aí um efeito da sabedoria divina que abre a boca dos mudos e torna eloqüentes as línguas das crianças, a fim de tirar da boca das crianças, e daqueles que ainda mama, um louvor perfeito. Esperando, sua piedosa mãe, cheia de boas obras e esmolas, como outro Tabit, caiu gravemente doente. Soube e predisse a morte vários dias antes. Vendo a aflição do esposo e dos outros, disse-lhes com muita coragem: Por que afligir-vos. É muito ter vivivo e ter vivido bastante; ao contrário, devemos alegrar-nos de que sou chamada a um Senhor mais poderosos, Tendo-se, então, despedido de todos, adormeceu no Senhor. A jovem Brígida dói confiada pelo pai e uma tia materna tão prudente quão piedosa.

Na idade de sete anos, a criança viu diante do leito um altar, e sobre ele uma senhora assentada com vestes resplandecentes, tendo na mão uma coroa e que lhe disse: Vem, Brígida. A menina levantou-se logo e correu para o altar. A senhora perguntou-lhe: Queres esta coroa? A criança disse que sim e a senhora colocou-a sobre a cabeça e Brígida sentiu-a como um círculo. Voltando ao leito, a visão desapareceu. Ela jamais, porém, a esqueceu. O que não é de admirar, observa o arcebispo de Upsala, pois era sinal de que seria um altar de holocausto, onde o fogo da caridade divina arderia sempre e Jesus Cristo, seu esposo lhe conservaria uma coroa imortal e sem mancha nos céus.

Na idade de dez anos, era como um lírio muito puro que se erguia da terra ao céu. Ostentava o modelo de todas as virtudes, a sobriedade, com a modéstia, a simplicidade com a ponderação, a humildade com a obediência, com a beleza na consciência, a hilaridade na paciência com uma caridade infatigável. Aparecia como esposa de Deus, como uma pérola brilhante, cheia de graça a todos os olhos e amada por todos. Devia, porém, subir ainda mais alto.

Um dia, ouviu um sermão sobre a Paixão de Jesus Cristo; ficou tão emocionada, que escreveu aquela Paixão nas tábuas do coração. Na noite seguinte, viu Jesus Cristo, sendo crucificado, o qual lhe disse: Eis como fui tratado. Ela, pensando que era coisa recente, respondeu-lhe: Senhor, quem vos fez isso? - Aqueles que me desprezam e são insensíveis a meu amor, respondeu Jesus Cristo. Desde esse momento, refletindo, ela sentia-se tão sensível à paixão do Salvador, que não podia lembrá-la sem derramar torrentes de lágrimas. Uma noite, quando as jovens companheiras dormiam, saiu do leito e prostrou-se em adoração e em lágrimas diante do crucifixo do quarto. Naquele mesmo momento lá entrou secretamente a tia, que, muito admirada de a ver naquela posição, julgou ser uma brincadeira da sobrinha e mandou buscar umas varas para a corrigir e tornar mais discreta. Mas, com sua grande surpresa, as varas quebraram-se-lhe na mão. Disse então: Que fizestes, Brígida? Alguma mulher vos ensinou essas orações enganadoras? A jovem virgem respondeu chorando: Não, senhora, mas eu me levantei do leito para louvar àquele que sempre me assiste. - E quem é Ele? - É o Crucificado, que vi ultimamente. - Desde aquele dia, a tia começou a ter por ela mais afeto e veneração, compreendendo que semelhantes disposições não vem dos homens, mas de Deus.

Outra vez, quando a jovem virgem brincava com as companheiras, o diabo apareceu-lhe sob forma horrível, tendo cem mãos e cem pés. De espanto, ela correu ao quarto, e recomendou-se humildemente ao Crucificado. O diabo lá apareceu, mas disse: Nada posso fazer, se o Crucificado não o permitir. A tia soube mais tarde o que havia acontecido e recomendou-lhe que guardasse silêncio, sobre o que tinha visto e pusesse a confiança em d

eus, amando a Jesus Cristo acima de todas as coisas, sabendo que a vida de nossa peregrinação não pode ser sem tentação, a fim de que cada qual aprenda a ser conhecer; aliás não se pode ser coroado, se não se tiver vencido, nem vencer sem combate, nem combater sem experimentar as tentações do inimigo.

Brígida desejara ter permanecido sempre virgem, mas na idade de treze anos, seu pai fê-la desposar Ulphon, príncipe ou governador de Nerícia, que tinha dezoito, A exemplo dos jovens Tobias e Sara, sua esposa, guardaram a continência, perto de dois anos, para obter de Deus a graça de usar santamente do matrimônio e ter filhos fiéis em o servir.

Tiveram oito, quatro meninos e quatro meninas.

A mãe, depois de ter vivido santamente na virgindade não viveu menos santamente no casamento. Regulou tão bem toda a vida, que jamais deixou motivo a alguma suspeita sinistra, nem a maledicência alguma. Para isso, não admitia nem criadas nem companheiras cuja reputação não fosse sem mancha, para que sua familiaridade não lhe atraísse alguma má fama.

Sabendo que a ociosidade é mãe de todos os vícios, dedicava-se com suas domésticas a trabalhos para as igrejas e para os pobres, lia as vidas dos santos e a Bíblia, que tinha feito traduzir em língua gótica; ora, ia à igreja e ouvia com prazer o ofício divino. Com seu esposo, o príncipe Ulphon, confessava-se todas as sextas-feiras e comungava todos os domingos e festas. Como Judite tinha um oratório secreto, onde, de vez em quando, se recolhia na presença de Deus, examinava a consciência, chorava as faltas; onde, quando o marido estava ausente, passava as noites inteiras em oração, vigílias, jejuns e outras mortificações; sempre se abstinha de iguarias, as mais delicadas, mas secretamente, para não ser notada pelo marido ou por outros. Tinha a mais terna devoção pela Santa Virgem que, nos partos laboriosos, lhe concedia um fácil resultado, quando todos pensavam que ia perder a vida. Suas esmolas eram muito grandes. Tinha uma casa muito ampla para os pobres. Todos os dias, alimentava doze deles em casa; na quinta-feira, lavava-lhes e beijava-lhes humildemente os pés, em memória do que Nosso Senhor tinha feito a seus apóstolos. Restaurou grande número de hospitais no país natal e em suas terras; lá ia visitar os pobres e os enfermos, acompanhada pelas filhas, especialmente Santa Catarina. Lá a piedosa mãe medicava com as próprias mãos as chagas e as úlceras dos enfermos, dando-lhes esmolas e dirigindo-lhes palavras de consolo, mostrando aos filhos, com o exemplo, como deviam um dia servir também aos pobres e aos enfermos por amor de Deus. Depois do nascimento do oitavo filho, Ulphon e Brígida guardaram continência.

No ano de 1335, o rei Magno, da Suécia, desposou Branca, filha do conde Namur; queria que Brígida, sua parente, fosse governantes da jovem rainha, Brígida interessou-se vivamente pela salvação e pela prosperidade de uma e de outro, tanto mais que ambos eram jovens. Rogava por eles, dava-lhes bons conselhos, às vezes mesmo advertências, resultado de revelações sobrenaturais. A princípio muito eles aproveitaram. Mas ambos eram de caráter inconstante, e por outro lado, outros conselhos lhe foram sugeridos. Com o tempo, o mal venceu o bem; Brígida, anunciou calamidades: o rei ria-se e perguntava a Birger, filho da santa: Que foi que nossa prima, vossa mãe, sonhou esta noite a nosso respeito? Mas as predições de Brígida se realizaram. O reino de Magno, com o resultado do mau governo, encheu-se de perturbações e de revoluções; os estados insurgiram-se contra sua tirania; ele foi excomungado pelo papa por ter confiscado as rendas da Igreja; a rainha Branca pereceu miseravelmente em 1363; o rei, depois de ter perdido a coroa da Suécia, morreu acidentalmente, afogado, no ano de 1374.

Brígida deixou a corte muito cedo e Ulphon seguiu o exemplo da esposa. Pensavam somente em se santificar, bem como a família. Fizeram muitas peregrinações à Noruega, França, Espanha, Itália, Alemanha: na Noruega, visitaram, em Nidrósia ou Drontheim, capital do reino, o túmulo do rei e mártir Santo Olaus; na Espanha, São Tiago de Compostela. Embora tivessem numerosa equipagem, Brígida fazia uma parte do caminho a pé por espírito de piedade e de mortificação.

Depois de ter visitado muitos santuários, voltavam à pátria, quando o príncipe Ulphon caiu doente na cidade de Arras; mal tornou-se tão grave, que ele recebeu os últimos sacramentos das mãos do bispo, deixando Brígida em viva ansiedade. Ela invocou São Dionísio, apóstolo da França. O santo apareceu-lhe, predisse-lhe que Deus queria por meio dela tornar-se conhecido do mundo e que ela estava entregue à sua especial proteção e como prova disse, seu esposo não morreria daquela doença.

Alguns dias depois, ela teve uma revelação de como ele passaria a Roma e à santa cidade de Jerusalém, e enfim, sairia deste mundo. Deus realizou misericordiosamente tudo aquilo, diz o arcebispo de Upsala. O príncipe reconquistou a saúde, depois de uma doença muito longa; voltaram ambos com saúde à pátria. Renovaram o voto de conservar a continência e resolveram entrar cada qual num convento.

Tendo então regulado os negócios e disposto os bens, o príncipe Ulphon entrou no mosteiro de Alvastre, ordem dos cistercienses, fundado em 1150 por Suercher, rei da Suécia. Aí viveu alguns anos na prática de todas as virtudes, e morreu em 1344. O príncipe Ulphon de Nerícia é nomeado no menológio de Cister, a 12 de fevereiro.

Poucos dias depois da morte do esposo, Brígida dividiu os bens entre os filhos e os pobres, Renunciou à condição de princesa para se consagrar inteiramente à penitência. Usava apenas uma túnica de linho com exceção do véu, com que cobria a cabeça; usava um hábito grosseiro, que prendia com uma corda cheia de nós. As austeridades que praticava são incríveis; duplicava-as ainda, às sextas-feiras, e nesses dias passava somente a pão e água. Tendo feito construir o mosteiro de Watstein, na diocese de Lincopen na Suécia, lá colocou sessenta religiosas; instalou, num edifício separado do mosteiro, treze sacerdotes em honra os doze apóstolos e de São Paulo, quatro diáconos para representar os quatro doutores da Igreja e oito irmãos conversos; deu a todos as regras de Santo Agostinho, as quais acrescentou constituições particulares. Lemos, em alguns autores que o Salvador mesmo ditou essas regras, mas com ordem de as submeter ao exame do soberano Pontífice, visto que o Salvador veio a este mundo não para destruir a lei, mas para a aperfeiçoar.

Santa Brígida ficou assim dois anos na Suécia, perto do mosteiro de Alvastre, onde estava enterrado o esposo, como no novo mosteiro de Watstein. Sua vida pobre e penitente, depois de um estado de princesa, atraiu-lhe as zombarias do mundo, respondeu: Não foi por causa de vós que comecei; não será por causa de vós que terminarei. Resolvi, em meu coração, suportar as palavras. Rezai para que eu persevere.

Com suas vestes de pobre, não deixou de se apresentar ao rei da Suécia, para lhe anunciar que ele e seu reino seriam castigados, com grandes calamidades, se não se corrigissem de certos defeitos e desordens. Alguns dos grandes murmuravam e ter-lhe-iam mesmo provocado confusão, se não soubessem que ela era parente do rei. Pelo menos zombaram dela entre si mesmos, tratando-a de feiticeira, a tal ponto que os filhos queriam vingar-se disso; mas ela rogou-lhe que nada fizessem, dizendo: Deus é testemunha de que prefiro, por amor de Jesus Cristo, sofrer esses desprezos e essas zombarias a ter a coroa do rei sobre a minha cabeça.

Se a santa viúva teve de sofrer da parte dos homens, Deus a consolou superabundantemente com revelações e comunicações sobrenaturais. Essas revelações foram examinadas por doutores católicos e aprovadas pela Santa Sé, neste sentido, que nada contém de contrário a fé, e que nelas se pode crer piamente.

Os principais objetos dessas revelações e contemplações de Santa Brígida são: a Paixão do Salvador e a Santa Virgem. Quanto à Paixão do Salvador, nada se vê aí, mais do que no Evangelho, a não ser certas circunstâncias de particulares muito naturais. Com relação à Virgem, diz-se expressamente que ela foi concebida sem pecado, e que subiu aos céus, em corpo e alma. Uma das particularidades mais tocantes é a Virgem mesma, narrando a Santa Brígida seu progresso no conhecimento de Deus e de sua lei. Desde a mais tenra idade, quando compreendi o que Deus era, sempre fui cuidadosa e temerosa de minha salvação e de meu procedimento. Mas, quando compreendi mais plenamente que o mesmo Deus era meu criador e juiz de todas as minhas ações amei-o intimamente, temi ofendê-lo mais que nunca, quer por obrar, quer por palavras. Depois, quando soube que tinha dado sua lei e seus mandamentos ao povo, e tinha feito com ele tantas maravilhas, resolvi firmemente em minha alma só amar a ele e nada mais do que ele, e as coisas mundanas eram-me grandemente amargas.

Enfim, tendo sabido que o mesmo Deus resgataria o mundo e ele nasceria de uma virgem, fui tomada de tão grande amor para com ele, que só pensava em Deus, que só queria a deus. Afastei-me, quanto possível, das conversas familiares e da presença de parentes e amigos. Dava aos pobres tudo o que podia e reservava-me apenas o simples vestuário e o pouco de que precisava para viver. Nada me agradava, fora de Deus. Sempre eu desejava em meu coração viver até o tempo de seu nascimento, na esperança de que eu mereceria talvez tornar-me indigna serva da mãe de Deus. Fiz também voto, em meu coração, de guardar a virgindade, se Deus o tivesse por agradável, e nada possuir no mundo. Encontramos revelações muito semelhantes na vida de Santa Isabel da Turíngia.

Além das revelações que se referem à fé, há em Santa Brígida como nas profecias da antiga lei, muitas exortações, advertências, às vezes muito severas a Papas, a reis, a povos, a classes de homens, padres e cavaleiros. Mais de uma vez essas exortações encerraram ameaças proféticas que tiveram sua realização.

No ano de 1371, a ilustre viúva sueca, como outrora a ilustre viúva romana, Santa Paula, da família dos Gracos e dos Cipiões, empreendeu, em idade avançada, ante uma revelação particular, a peregrinação a Jerusalém. Chegando a Roma já enferma, ficou mais doente ainda. Sentindo-se perto do fim, deu avisos muito comoventes ao filho, o príncipe Birger e à filha, Santa Catarina de Suécia, que estava com ela; depois quis ser estendida sobre um cilício para receber os últimos sacramentos.

Morreu, a 23 de Julho de 1373, na idade de setenta e um anos. Enterraram-na na igreja de São Lourenço, in Panis-Perna que pertencia às pobres Clarissas. No ano seguinte, o príncipe Birger, seu filho, e Santa Catarina sua filha, fizeram levar-lhe o corpo para o mosteiro de Watstein, na Suécia. Foi canonizada pelo Papa Bonifácio IX, a 7 de Outubro de 1391.

(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XIII, p. 273 à 284)


Santa Brígida, rogai por nós!





English – Saint Bridget of Sweden


Espanol - Santa Brígida



                             QUINZE ORAÇÕES DE SANTA BRÍGIDA 

Estas poderosas orações foram reveladas por Jesus a Santa Brígida e aprovadas pelo Papa Pio IX como autênticas e de grande proveito para as almas

Revelação de Jesus a Santa Brígida na Igreja de São Paulo, em Roma. Estas orações foram aprovadas pelo Papa Pio IX em 31/05/1862, que as reconheceu como autênticas e de grande proveito para as almas.

VEJA AS PROMESSAS DE JESUS

Como já há muito tempo Santa Brígida desejasse saber o número de golpes que Jesus levara durante a Paixão, certo dia Ele lhe apareceu dizendo:

“Recebi em todo o Meu Corpo 5.480 golpes. Se desejais honras as chagas que eles ME produziram, mediante uma veneração particular, deveis recitar 15 Pai Nossos e 15 Ave-Marias, acrescentando as seguintes orações, durante um ano inteiro; quando o ano terminar, tereis prestado homenagem a cada uma das Minhas Chagas. Quem recitar estas oração durante um ano inteiro conseguirá livrar do Purgatório 15 almas de sua família, 15 justos também de sua linhagem serão conservados em graça e 15 pecadores de sua família serão convertidos.

A pessoa que as recitar será elevada ao mais eminente grau de perfeição e 15 dias antes da sua morte Eu lhe darei meu Precioso Corpo, para que ela seja livre da fome eterna. Eu lhe darei também de beber o Meu Precioso Sangue, a fim de que não padeça sede eternamente e 15 dias antes da morte ela experimentará uma profunda contrição de todos os seus pecados e um perfeito conhecimento deles. Diante dela colocarei o sinal da Minha Cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes dos seus inimigos.


Antes da sua morte, Eu virei em companhia de Minha muito cara e bem amada Mãe, para receber a sua alma e conduzi-la às alegrias eternas. E tendo-a levado até lá, Eu lhe darei a beber um trago singular da fonte da Minha Divindade, o que não farei, absolutamente, a outros que não tenham recitado as Minhas Orações.

Aquele que disser estas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos. Sim, eles serão estáveis e durarão perpetuamente. No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas essas Orações, Deus estará também presente com as Suas Graças.”


Todos esses privilégios foram prometidos a Santa Brígida por Nosso Senhor Crucificado com a condição de que as orações fossem recitadas diariamente. São, igualmente, prometidas a todos os que as recitarem, devotamente, durante um ano inteiro.

PERGUNTA : É necessário recitá-las sem interrupção?

RESPOSTA : Faltar o menos possível. Todavia devemos recuperá-las, se por força maior não as pudermos rezar em um dia. Devemos recitá-las 365 vezes dentro de um ano, com devoção, esforçando-nos para penetrar no sentido profundo das palavras que vamos pronunciando.

OBS:

1. É bom rezar sempre a intenção antes de cada oração:
2. Não precisa ler este cabeçalho com as promessas de Jesus todos os dias;
3. É preciso rezar todas as orações a cada dia, durante um ano inteiro.
4. Se a pessoa vier a falecer durante este período, o mérito lhe será conferido;
5. Nunca tenha medo que algo lhe acontecerá de mal se você as rezar;
6. As intenções indicadas antes de cada uma das orações são de Nossa Senhora.

REZE ASSIM:

Comece, sempre, com o Sinal da Cruz!

+Pelo sinal da Santa Cruz
+Livrai-nos Deus Nosso Senhor
+ Dos nossos inimigos. Em Nome do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO
SANTO. Amém.

Faça uma oração inicial ao Espírito Santo e depois diga:

1ª ORAÇÃO:
Pelos Sacerdotes, freiras e religiosos militantes!

Reze agora um Pai Nosso… E depois uma Ave Maria… (E a seguir…)

Ó JESUS CRISTO, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda a alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até o ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles. Lembrai-Vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante da Vossa Conceição e sobretudo durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-Vos Senhor, que, celebrando a Ceia com os Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e, consolando-os docemente lhes predissestes a Vossa Paixão iminente. Lembrai-Vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa Alma como o testemunhastes Vós mesmo por estas palavras: “a Minha Alma está triste até a morte”. Lembrai-Vos, Senhor, dos temores, angustias e dores que suportastes em Vosso Corpo delicado, antes do suplício da Cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramado um suor de Sangue, fostes traído por Judas Vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juízes, na flor da Vossa juventude e no tempo solene da Páscoa. Lembrai-Vos que fostes despojado de Vossas vestes e revestido com as vestes da irrisão, que Vos velaram os olhos e a face, que Vos deram bofetadas, que Vos coroaram de espinhos, que Vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes. Em memória destas penas e dores que suportastes antes da Vossa Paixão sobre a Cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!

2ª ORAÇÃO: Pelos trabalhadores em Geral

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-Vos do peso acabrunhador de tristezas que suportastes, quando Vossos inimigos, quais leões furiosos, Vos cercaram e, por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios Vos atormentaram a porfia. Em consideração destes insultos e destes tormentos, eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis libertar-me dos meus inimigos, visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o Vosso auxílio a perfeição da salvação eterna. Assim seja!

3ª ORAÇÃO: Pelos presos

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, Criador do Céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o Vosso poder, lembrai-Vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na Cruz Vossas Sagradas mãos e Vossos pés tão delicados, trespassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não Vos encontrando no estado em que teriam desejado, para dar largas a sua cólera, dilataram as Vossas Chagas, exacerbando assim as Vossas dores. Depois, por uma crueldade inaudita, Vos estenderam sobre a Cruz e Vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os Vossos membros. Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na Cruz, com tanta santidade e mansidão, que Vos digneis conceder-me o Vosso Temor e o Vosso Amor. Assim seja!

4ª ORAÇÃO: Pelos doentes

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, médico celeste, que fostes elevado na Cruz a fim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada a Vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos e, entretanto, esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso PAI, pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-LHE: “PAI, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”. Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!

5ª ORAÇÃO: Pelos funcionários dos hospitais

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, espelho do esplendor eterno. Lembrai-Vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando a luz da Vossa Divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da Vossa santa paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos, que deveriam ser condenados por causa dos seus pecados e lastimastes, amargamente, a sorte destes infelizes pecadores, perdidos e desesperados. Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão dizendo-lhe: “Hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso”, eu Vos suplico ó Doce Jesus, que na hora da minha morte useis de misericórdia para comigo. Assim seja!

6ª ORAÇÃO: Pelas famílias

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, Rei amável e de todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado e levantado na Cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com excepção de Vossa mãe bem amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de Vós na agonia, lembrai-Vos que os entregastes um ao outro dizendo: “Mulher eis ai o teu filho”! e a João: “Eis ai a tua Mãe!”Eu vos suplico, ó meu Salvador, pela espada de dor que então trespassou a alma de Vossa Santa Mãe, que tenhais compaixão de mim, em todas as minhas angustias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que Vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja!

7ª ORAÇÃO: Contra a luxúria

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, fonte inexaurível de piedade, que por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz: “Tenho sede!”, mas sede de salvação do gênero humano. Eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender a perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim seja!

8ª ORAÇÃO: Pelas crianças e jovens

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a Cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o Vosso Corpo e Vosso Preciosíssimo Sangue, durante toda a minha vida e, na hora da minha morte a fim de que sirvam de remédio e de consolo para minha alma. Assim seja!

9ª ORAÇÃO: Pelos agonizantes espirituais

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, virtude real, alegria do espírito, lembrai-Vos da dor que suportastes, quando, mergulhado na amargura, ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por Vosso PAI dizendo: “Meu DEUS, Meu DEUS, porque Me abandonastes?” Por esta angustia eu Vos suplico ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte. Assim seja!

10ª ORAÇÃO: Pelos sofredores em geral

Pai Nosso… Ave Maria…Ó JESUS CRISTO, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-Vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça. Em consideração da extensão das Vossas Chagas, ensinai-me a guardar os Vossos Mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos estes que são caminhos espaçoso e agradável para aqueles que Vos amam. Assim seja!

11ª ORAÇÃO: Pelos pecadores de todo o mundo

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-Vos, em memória de Vossas Chagas, que penetraram até a medula dos vossos ossos e atingiram até as vossas entranhas, que vos digneis afastar esse(a) pobre pecador(a) do lodaçal de ofensas em que está submerso(a) conduzindo- o(a) para longe do pecado. Suplico-Vos também, esconder-me de Vossa Face irritada, ocultando-me dentro de Vossas Chagas, até que a Vossa cólera e a Vossa justa indignação tenham passado. Assim seja!

12ª ORAÇÃO: Por todas as Igrejas

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-Vos dos inumeráveis ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela purpura do Vosso Sangue adorável. Ó quão grande e universal foi a dor que sofrestes em Vossa Carne virginal por nosso amor! Ó Dulcíssimo JESUS, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito? Eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com o Vosso Precioso Sangue, todas as Vossas chagas em meu coração, a fim de que eu relembre, sem cessar, as Vossas Dores e o Vosso Amor. Que pela fiel lembrança da Vossa Paixão, o fruto dos Vossos Sofrimentos seja renovado em mim, cada dia mais, até que eu me encontre, finalmente, Convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Ó Dulcíssimo JESUS, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna. Assim seja!

13ª ORAÇÃO: Pelos profetas atuais

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, fortíssimo Leão, Rei imortal e invencível, lembrai-Vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do Coração como do Corpo e inclinastes a cabeça dizendo: “Tudo está consumado!”Por esta angústia e por esta dor, eu Vos suplico, Senhor JESUS, que tenhais piedade de mim, quando soar a minha última hora e minha alma estiver amargurada e o meu espírito cheio de aflição. Assim seja!

14ª ORAÇÃO: Pelos políticos e pelos governantes

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, Filho Único do PAI, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-Vos da humilde recomendação que LHE dirigistes dizendo: “Meu PAI, em Vossas Mãos entrego o Meu Espírito!” Depois expirastes, estando Vosso Corpo despedaçado, Vosso Coração trespassado e as entranhas da Vossa Misericórdia abertas para nos resgatar. Por esta preciosa morte eu Vos suplico, ó Rei dos Santos, que me deis força e me socorrais, para resistir ao demônio, a carne a ao sangue, a fim de que, estando morto(a) para o mundo, eu possa viver somente para Vós. Na hora da morte, recebei, eu Vos peço, minha alma peregrina e exilada que retorna para Vós. Assim seja!

15ª ORAÇÃO: Pelo Papa

Pai Nosso… Ave Maria…

Ó JESUS CRISTO, verdadeira e fecunda videira, lembrai-Vos da abundante efusão de Sangue, que tão generosamente derramastes de Vosso Sagrado Corpo, assim como a uva é triturada no lagar. Do Vosso lado aberto pela lança de um dos soldados, jorraram Sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer. E, enfim, como um ramalhete de mirra elevado na Cruz, Vossa Carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de Vossas entranhas e secou a medula dos Vossos ossos. Por esta tão amarga Paixão e pela efusão de Vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó Bom JESUS, que recebais minha alma quando eu estiver na agonia. Assim seja!

ORAÇÃO FINAL:

Ó doce JESUS, vulnerai o meu coração, a fim de que lágrimas de arrependimento, de compunção e de amor, noite e dia me sirvam de alimento. Convertei-me inteiramente a Vós. Que o meu coração Vos sirva de perpétua habitação; Que a minha conduta vos seja agradável e que o fim da minha vida seja de tal modo edificante que eu possa ser admitido no Vosso Paraíso, onde, com os vossos Santos, hei de vos louvar para sempre. Assim seja!

CONSAGRAÇÃO DIÁRIA A NOSSA SENHORA:

Ó Santa Mãe Dolorosa de DEUS, ó Virgem Dulcíssima, eu Vos ofereço o meu coração a fim de que o conserveis intacto como o Vosso Coração Imaculado. Eu Vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e de bondade, de pureza e verdade. Eu Vos ofereço a minha vontade, para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de DEUS. Eu vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angústias, minhas tribulações e minhas lágrimas, no meu presente e meu futuro, para serem apresentadas por Vós ao Vosso Divino FILHO, para purificação da minha vida. Mãe Compassiva, eu me refugio em Vosso Coração Imaculado, para acalmar as dolorosas palpitações de minhas tentações, da minha aridez, da minha indiferença e das minhas negligências. Escutai-me ó Mãe, guiai-me, sustentai-me e defendei-me, contra todos os perigos da alma e do corpo, agora e por toda a eternidade.

Assim seja.



(via Canção Nova)

Sobre o JAÉ

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