São Cláudio La Colombiere, apóstolo do Sagrado Coração de Jesus
Origem
Nascido no sul da França, São Cláudio fez parte de uma família de
posses. Teve seis irmãos, dentre eles três também foram sacerdotes ou
religiosos. Em sua juventude, frequentou uma escola da Companhia de
Jesus e ingressou na ordem aos 17 anos.
Sinceridade
Como noviço, Cláudio admitiu ter uma “terrível aversão” ao rigoroso
tratamento requerido pela ordem, mas, durante o noviciado, conseguiu
incrementar o seu talento natural, isso o levaria, em seguida, a fazer
um voto privado de obedecer às regras o mais perfeitamente possível.
Valor à amizade
Escreve o santo: “Meu Jesus, tenho certeza de ser amado. Por mais
miserável que eu seja, não me tirará vossa amizade nenhum indivíduo mais
nobre que eu, nem mais culto ou mais santo”.
Após 16 anos de vida religiosa, São Cláudio escreve: “Senti-me inclinado a imitar a simplicidade de Deus nos seus afetos, amando só a Deus, mas meus amigos tem-me a amizade, e eu tenho a amizade deles. Hoje, o sacrifício de deixar meus amigos custa-me mais do que o primeiro que fiz deixando pai e mãe”.
São Cláudio La Colombiere: confessor de uma religiosa desprezada
Confessor
Padre Cláudio, como confessor do mosteiro da Visitação, conhece uma
irmã, com 28 anos de idade e que estava presa ao leito, devido às fortes
dores reumáticas. A doente era a Irmã Margarida Maria Alacoque, que,
quando rezava diante do Santíssimo Sacramento, em 1675, ouve de Jesus um
pedido: a difusão da devoção ao Sagrado Coração, bem como a instituição
de sua festa e da consagração reparadora. Entretanto, dentro do
convento, essa notícia foi recebida com desprezo.
“Eis o Coração que tanto amou os homens.”
Ouvindo o testemunho sobre as revelações de Jesus ao irmão, Santa Maria
Margarida Alacoque chegou à conclusão de que as tinha recebido de
maneira extraordinária. Os escritos de Cláudio la Colombiere e seu
testemunho da realidade das experiências da santa ajudaram a estabelecer
o Sagrado Coração como um dos pilares da devoção católica.
Assim, a Santa transcreveu as célebres palavras proferidas por Jesus, enquanto lhe mostrava o seu Divino Coração: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-Se e consumir-Se, para manifestar-lhes seu amor. E como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, desprezos, irreverências, sacrilégios, friezas que têm para comigo neste Sacramento de amor. E é ainda mais repugnante, porque são corações a Mim consagrados”.
São Cláudio La Colombiere e a Festa do Sagrado Coração de Jesus
Celebrante da primeira Festa do Sagrado Coração de Jesus
Em obediência a Deus, o Senhor pediu a Santa Maria Margarida Alacoque
que a primeira sexta-feira, após a Oitava de Corpus Christi, fosse
consagrada como festa especial para honrar seu Coração. A religiosa,
sentindo-se indigna e incapaz, recebe de Jesus esta resposta:
“Dirige-te a meu servo Cláudio e dize-lhe, de minha parte, que faça todo
o possível para estabelecer essa devoção e dar esse gosto a meu Divino
Coração. Que não desanime diante das dificuldades que encontrará,
pois essas não faltarão, mas ele deve saber que é poderoso quem
desconfia de si mesmo para confiar unicamente em Mim”.
Assim, na sexta-feira seguinte, São Cláudio, Santa Margarida e a
comunidade da Visitação celebraram, pela primeira vez, a Festa do
Sagrado Coração de Jesus, consagrando-se inteiramente a Ele.
Perseguição na Inglaterra
Padre Cláudio também foi enviado à Inglaterra durante tensão religiosa
que o país sofria. Uma perseguição aos cristãos levou à execução 35
inocentes, entre eles, oito jesuítas. Padre Cláudio não foi assassinado,
mas foi acusado, detido e preso em um calabouço durante várias semanas.
Chamado à vida eterna
Já retornado à França, quando tinha 41 anos, o sacerdote morreu de uma
hemorragia interna. Seu falecimento ocorreu no primeiro domingo da
Quaresma, no dia 15 de fevereiro.
“Os planos de Deus nunca se realizam senão à custa de grandes sacrifícios.” (São Cláudio La Colombiere)
Canonização / Esquecimento de si
Quando a Igreja canoniza São Cláudio, em 1992, o Papa São João Paulo II o apresenta como modelo de jesuíta, recordando como “se entregou por completo ao Sagrado Coração, ‘sempre abrasado de amor’. Inclusive, praticou o esquecimento de si mesmo, a fim de alcançar a pureza do amor e de elevar o mundo a Deus”.
Oração
Ó Deus, nosso Pai, que falou no fundo do coração ao vosso fiel servo São
Cláudio para testemunhar o Vosso imenso amor, ilumina e conforta a
Igreja com os dons de sua graça. Por Cristo, nosso Senhor.
Minha oração
“Senhor Jesus, como São Cláudio viveu enquanto jovem, nem sempre me
atrai as Suas regras, Sua Vontade e o caminho de pureza que o Senhor tem
para mim. Diante de minha verdade, eu te peço: converta-me, Senhor! Amém”.
São Cláudio La Colombiere, rogai por nó
Espanol - San Claudio de la Colombière