Conversão: “Eu era adepto do satanismo”
Convidado por colegas de escola, Benjamin começou a praticar o satanismo; alguns anos mais tarde, ele descobriu outro estilo de vida
Aos 16 anos, influenciado por alguns colegas, comecei a frequentar grupos de metal, punk, rock etc. Naquela época, eu mudava meu look a cada mês! Depois comecei a usar um crucifixo de cabeça para baixo. Além disso, pesquisava tudo sobre o satanismo na internet. E de tanto ver filmes de terror com meus amigos, me lancei ao espiritismo também. Nós buscávamos gerar medo por todos os meios possíveis.
Foi assim que, em um espaço de 6 meses, passei de “bom menino” a adepto do satanismo. A morte da minha bisavó, a quem eu amava muito e por cuja cura eu havia rezado, reforçou esta atitude em mim. Deus havia me defraudado? Bem, eu queria mostrar-lhe que, se não prestasse atenção em mim, eu iria para o outro lado.
Aos 18 anos, logo depois da formatura, decidi sair de casa. Aceitei um emprego em um centro para pessoas com deficiência motora e mental e esta experiência começou a abrir meus olhos. Ao lado dessas pessoas frágeis, aprendi a me doar e a amar os outros.
Às tardes, eu estudava engenharia de telecomunicações. Graças a esta formação, consegui um emprego muito bem pago. Mas esta vida fácil demais me levou novamente ao caos. Cada dia eu levava uma garota diferente para a minha casa. Mas, depois de dois anos, este estilo de vida me pareceu completamente vão.
Decidi partir pelas estradas da França, oferecendo meus serviços em troca de cama e comida. Certa tarde, em Touraine, fiquei sem hospedagem. Aconselharam-me procurar na casa paroquial. Lá, uma família encarregada da acolhida me perguntou se eu poderia permanecer com eles por um tempo, para fazer alguns trabalhos.
Sua filha mais velha chegou de um encontro cristão e resplandecia de felicidade. Sua alegria despertou em mim perguntas existenciais. Alguns dias depois, percebendo minha busca interior, um dos seus amigos, que era padre, convidou-me para uma peregrinação a um lugar próximo dali.
Durante a peregrinação, senti a necessidade de me confessar. Era a primeira vez na vida que eu recebia este sacramento. Pude colocar toda a minha vida nas mãos de Deus e receber o seu perdão. Uma verdadeira libertação!
Voltei à estrada decidido a manter o rumo. Comecei a ir à Missa e a orar. Meu caminho me levou a Rocamadour, onde permaneci por seis meses.
Lá, o sacerdote me disse que eu poderia desafiar Deus com estas palavras: “Senhor, estou completamente perdido, não sei o que fazer com a minha vida. Se queres, dá-me uma resposta!”.
Abri a Bíblia e meus olhos repousaram em uma passagem do Salmo 71: “Tu és minha rocha, minha fortaleza”. Receber esta Palavra em Rocamadour, uma cidade construída sobre uma rocha, deixou algo claro para mim: Deus podia me falar por meio da Bíblia.
Depois disso, tive muitas e longas conversas com o padre do santuário.
Alguns meses depois, enquanto eu estava de passagem pela Bélgica, meu irmão mais velho se suicidou. Durante esta provação, minha fé, tão fresca, foi o que me sustentou. Também me permitiu reconfortar meus familiares.
Hoje, posso dizer que encontrei a verdadeira felicidade. A cada dia descubro uma nova faceta do amor de Deus e do próximo. Atualmente, trabalho em Bourgogne, em Paray-le-Monial, onde Jesus apareceu para revelar aos homens seu coração transbordante de amor.
Minha fé se torna cada vez mais sólida. E tenho muitos projetos em mente!
(Artigo publicado originalmente em L’1visibile)
Fonte: Aleteia