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Já É! Já É! Author
Title: Via-Sacra: Desafio nos tempos modernos
Author: Já É!
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Jovem português relata impressionante comportamento de jovens e adultos com relação a uma oração tão antiga em tempos modernos.  ...
Jovem português relata impressionante comportamento de jovens e adultos com relação a uma oração tão antiga em tempos modernos. 


Via-Sacra na Baixa de Lisboa: Um desafio a considerar


Todas as Sextas-Feiras da Quaresma à noite tem acontecido uma coisa surpreendente: a Via-Sacra pelas ruas da Baixa, a começar às 21h30m.

Tendo tantos amigos Católicos que eu sei que não têm ido, esta Via Sacra pela noite da Baixa de Lisboa é surpreendente por mesmo assim estar sempre cheia. 

Na Sexta passada estavam quantas pessoas? 100, 200, 300, 400 pessoas? Centenas de pessoas na noite de Lisboa atrás de uma cruz de madeira com um homem lá crucificado, a sangrar e coroado de espinhos.

Numa das estações, que costuma ser em frente aos Armazéns do Chiado, mesmo no fundo da Rua Garrett, frequentemente se vêem as caras estranhas das pessoas que assisitem a este fenómeno. E ouve-se comentarem para os amigos "Fazer isto numa Sexta à noite?! Devem ser loucos."

Mas devem ser loucos mascarados de pessoas normais porque quando se olha vêem-se apenas estudantes (muitos estudantes) e professores universitários, jovens executivos acabados de sair do trabalho, talvez alguns directores de empresas e os normais sábios já de idade avançada.

Vêem-se também alguns sacerdotes (na passada Sexta estavam três), a maioria deles de batina. O sr. padre que presidia a Via Sacra estava ele mesmo de batina, sobrepeliz e estola. Haverá algo que evidencie mais o Catolicismo do que isto?

O que Chesterton dizia de Jesus também se pode dizer destas pessoas que seguem o crucifixo: ou tudo isto é verdade ou são loucos. Novamente a pergunta se impõe: o que move tantas pessoas atrás de um pau de madeira?

A resposta foi dada por Jesus no Evangelho de S. João: Et ego si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum: E quando eu for levantado da terra [na Cruz], atrairei a mim todas as coisas (Jo 12, 32). E de facto isso confirma-se todas as Sextas-feiras à noite.

Não é fácil e implica uma certa humildade: "Eu, juntar-me a estes loucos? Eu cá rezo à minha maneira." Mas, como sempre, os caminhos de Deus exigem um certo desconforto, um sair de nós mesmos, próprio do tempo de Quaresma.

Se andam indecisos ou com pouca vontade, nunca é tarde para experimentar e aparecer na próxima Via Sacra. O testemunho que se dá é grande. Faz lembrar o dia de Pentecostes em que S. Pedro, depois de ter recebido o Espírito Santo fala e converte cerca de três mil pessoas (Act 2, 41). E no mesmo capítulos dos Actos, poucos versículos a seguir, S. Lucas escreve que "o Senhor aumentava cada dia mais o número dos que entravam no caminho da salvação" (Atc 2, 47).

É bom lembrar que esta não é uma oração qualquer. Muitos Santos rezavam a Via Sacra todas as Sextas-feiras do ano e não só da Quaresma, entre eles o grande Papa João Paulo II. E, tal como disse o Papa Francisco na sua mensagem da Quaresma, "quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus."

Por Nuno CB

Fonte: Senza Pagare


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